A partir da década de 1990 o ambiente de negócios se tornou mais complexo. Fenômenos econômicos e sociais de alcance mundial estão reestruturando o ambiente empresarial. A globalização da economia alavancada pela tecnologia da informação e da comunicação é uma realidade inescapável.
As chamadas novas tecnologias, bem como as novas formas de organização do trabalho, têm colocado os métodos tradicionais de gestão das empresas no banco dos réus. A evolução das organizações em termos de modelos estruturais e tecnológicos, tendo as mudanças e o conhecimento como novos paradigmas, têm exigido uma nova postura nos estilos pessoais e gerenciais voltados para uma realidade diferenciada e emergente.
Além disso, temos plena convicção de que o grande desafio desta última década vem sendo a capacidade e a competência que as organizações enfrentam para se adaptarem a todos os seus novos níveis hierárquicos e funcionais, da alta gerência ao piso da fábrica. A incorporação de novos modelos, métodos, técnicas, instrumentos, atitudes e comportamentos necessários às mudanças, inovações e à sobrevivência sadia e competitiva no mercado se reflete na nova comunicação.
A comunicação no ambiente de negócios, praticamente em qualquer lugar do mundo, sente o reflexo dessas transformações. Seja pelas mudanças introduzidas internamente pela re-engenharia, como a descentralização, o empowerment ou a terceirização, seja pelas transformações no cenário externo, como o declínio de antigas empresas multinacionais e o surgimento de novos competidores.
Essa realidade tem sido amplificada por inovações tecnológicas, transformações nas bases da concorrência, surgimento de novos modelos de gestão e mudanças significativas no perfil dos clientes e nas suas relações com as empresas fornecedoras de produtos e serviços. Este enfoque tem gerado reflexos diretos sobre a gestão das empresas e suas comunicações tanto internas como externas.
É necessário desenvolver a sensibilidade para perceber que a comunicação está diretamente ligada às mudanças na gestão empresarial e não pode ser vista como uma simples opção.
Autor: Nelson Goes